Call | Sexualidade e Género

Chamada para trabalhos | Sexualidade e Género

Coordenadores

Cristina Pereira Vieira (CIEG/ISCSP-UL, CEMRI/Uab)

Bernardo Coelho (CIEG/ISCSP-UL)

Mara Pieri (CES-UC)


Os campos da sexualidade e género constituem-se palcos dinâmicos, ancorados pelas lutas de reconhecimento da defesa dos direitos pelo respeito e pela diversidade cultural e identitária. Contudo, estes acontecimentos têm-se assumido como lugares de preocupação com a intensificação de reivindicações identitárias de carácter excludente. Os últimos anos, e em parte como reação à afirmação das diversidades identitárias, têm sido marcados pelo surgimento de lideranças autoritárias, a partir de discursos uni ou bipolarizados que usam a bandeira do sexismo e da LGBTIfobia como forma de propagação e legitimação da desigualdade - procurando desqualificar o conhecimento científico e os Direitos Humanos adquiridos. Tudo isto assente, num modelo de pensamento populista, que assume um ataque direto ao sentido plural de sexualidade e igualdade de género.

Novos desafios se impõem e aproveitando as sinergias do pensamento combinado e multipolar dos vários agentes e reconhecendo a importância do momento histórico, político e social, a Secção Temática Sexualidade e Género convida à apresentação de comunicações orais, posters e documentos visuais como curtas metragens ou pequenos filmes mais centrados (e.g.projetos e intervenções), que visem:

  • discutir as formas de backlash anti-género que se fazem sentir nas sociedades contemporâneas e na sociedade portuguesa em particular;
  • apresentar formas de resistência aos ataques à diversidade sexual e de género;
  • consolidar o trabalho sociológico sobre sexualidade e género produzido na academia portuguesa, valorizando perspetivas interdisciplinares e sobre as diversidades país e do mundo;
  • debater políticas públicas na promoção da igualdade de género e no combate à discriminação LGBTQI (em diálogo, entre outros, com os campos da educação, da saúde, do emprego, da desigualdade e exclusão social, das migrações...);
  • visibilizar estudos que colocam a diversidade sexual e de género em perspetiva interseccional com outros eixos de opressão (a partir de discursos racializados, de classe, deficiência, idade, entre outros)

Dar-se-á especial relevo a propostas, do meio académico ou profissional, que apresentem resultados empíricos e/ou que problematizem, de forma inovadora, os conceitos e/ou as políticas centrais do campo. É essencial que o resumo identifique, de forma breve,

  1. o enquadramento teórico da comunicação (incluindo os principais autores de referência) ou o diagnóstico da situação (no caso de comunicações do meio profissional),
  2. a metodologia utilizada para o trabalho empírico (quando aplicável) e
  3. os principais resultados a serem abordados.

A ST poderá depois selecionar a(s) melhor(es) comunicações para serem propostas para publicação na revista SOCIOLOGIA ON LINE

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